O caminho de cura interna…

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Passei muitos anos da minha vida a pensar que a minha relação com a energia masculina era fluida e natural… porque nas minhas relações os homens sempre me trataram com delicadeza e adoração, como se eu fosse uma deusa. Mas desconhecia de padrões muito escondidos e antigos, que só há poucos anos tive total consciência e ainda os estou a curar…

Como mulher, tinha muita dificuldade em colocar fronteiras, limites, em especial com homens que respeitava, por exemplo professores. As fronteiras e os limites são muito importantes para respeitarmos a integridade do nosso corpo e coração… sem essa integridade, uma mulher implode de insatisfação e tristeza… luta internamente consigo mesma, ao fazer o contrário do que o coração grita!

Outro padrão muito forte era “amar demasiado”… claro que não existe tal coisa, porque é impossível amar demasiado… mas é sim possível, perdermo-nos como mulheres, quando amamos muito. Aprender a amar intensa e apaixonadamente, sem nos perdermos, é um trabalho importantíssimo para uma mulher que quer abrir totalmente o seu coração ao amor e à paixão, mas sem deixar de ser mulher! Às mulheres que se perdem por um grande amor, surgem muitas vezes os padrões de abandono – frequentemente é o homem que as abandona…

Agora sei que esses abusos emocionais e sexuais que eu própria me deixei infligir me causaram muito dano, físico e emocional. No meu caminho espiritual feminino, já muito libertei e curei… Já muito perdoei – incluindo a mim mesma – e cortei… Agora sei o quanto é importante, como mulher, ser autêntica com o meu corpo e coração! Agora sei o quanto é importante amar loucamente, sem me perder! Agora sinto que sou mulher, sou rainha! Como mulheres trazemos a nossa coroa no nosso coração… a espada que corta todos esses padrões nefastos, flui através do nosso sangue! E a doçura e ternura amorosa no brilho dos nossos olhos, reflecte a luz da pura pérola que somos! O nosso corpo é um templo sagrado… o nosso coração é o nosso tesouro oculto!

No próximo sábado vou partilhar quais eram os meus padrões e como os eliminei… mas também vou dar exemplos doutros padrões, como as mulheres que criaram falsas armaduras e por isso fecharam os seus corações e corpos… enrijeceram, tornaram-se duras, controladoras… chamam-se “guerreiras”, mas de facto são gladiadores a lutar numa arena, que são as suas próprias vidas. Também eu já me senti assim em alguns aspectos da minha vida, apenas nunca cheguei a endurecer completamente e sempre mantive a minha doçura feminina, o que fez com que a minha cura fosse rápida e fluida.
Como mulheres, claro que existe um guerreira dentro de nós… mas o que muitas mulheres não sabem é que essa guerreira é aquela que sabe render-se… e aquela que aprende a usar a sua espada de sabedoria para seguir a integridade do seu coração.

Sim, sábado vamos procurar perceber o que é isso da energia masculina, tão forte e penetrante, que nos pode assustar e até causar tantos danos quando não estamos preparadas para lidar com ela… vamos confessar, silenciosamente ou não, quais foram esses danos causados por relações ou situações passadas… vamos procurar ter consciência de padrões que precisamos de cortar… e em círculo vamos nos curar – com meditações poderosas, com visualizações profundas de cura, com a dança do perdão!

A cura é um caminho que começa pelo desejo de iniciarmos essa caminhada em direção à transformação e liberdade… o primeiro passo é reconhecer que preciso de me curar… o segundo é dizer SIM a essa cura… o terceiro é procurar uma tribo que me apoie e me ajude a contornar os obstáculos… o quarto é por cada vitória celebrarmos MUITO todas juntas, como uma irmandade! Quando uma avança, TODAS estamos mais próximas do nosso LAR!!!

 

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