E o teu fogo sagrado como está?

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Fogo é instinto, faz vibrar o peito, estremecer o corpo e comover o coração. Quando acende, pede ação imediata, como uma leoa a proteger a sua cria, sabe se avançar ou se esconder. É a natureza instintiva, básica e inata na mulher, que a faz saltar sem medo na aventura da vida.
Fogo é também a sabedoria do corpo físico e da alquimia sexual. A serpente dançante em êxtase, que nasce das entranhas misteriosas do templo feminino.
Fogo é a transmutação que permite a mulher evoluir, crescer e avançar para novos níveis de energia. Queima o passado e cria espaço para o novo.
Fogo é também a paixão, as emoções ao rubro, a força avassaladora de um vulcão em erupção. Se essa força não é vivida constrói-se uma muralha no coração e lentamente a mulher morre para a vida…

A mulher que deixa apagar o seu fogo é aquela que segue o que não quer só para corresponder às expectativas dos outros, da sociedade e do sistema… é aquela que não ouve a vibração do coração por medo de sair da sua zona de conforto, do seguro e do que é aceite fora dela… torna-se rígida, séria e sem vida.

A mulher que extingue o seu fogo é aquela que rejeita a sabedoria do seu corpo e da sua sexualidade sagrada… é aquela que tem vergonha, medo, sentimento de culpa e por isso reprime a sua energia sexual. Mas também é aquela que não respeita o seu corpo e a sua sexualidade sagrada e por isso abusa, despreza, manipula a sua energia sexual.

A mulher que não segue o seu fogo fica agarrada ao passado por medo de perder o controlo. São mulheres controladoras, demasiado estruturadas e racionais.

A mulher que não alimenta o seu fogo sagrado tem medo das suas emoções e de expressar o que sente… coloca a máscara do racional para se apresentar como forte. Não se permite sentir, amar e viver…

E o teu fogo sagrado como está? Sentes o seu calor? Segues a sua vibração? Alimentas a sua fome? Deixas-te queimar pela sua sabedoria? Permites-te ser iluminada com a sua chama?

 

O que é mindfulness do coração?

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Mindfulness do Coração é apreciar o momento presente através do coração de criança… aquele coração que ama sem julgamento e que vai além dos limites dos conceitos! aquele coração que se abre porque nada teme e aquele que não se protege porque confia!
Um método para começarmos a ver com os olhos do coração e não com os olhos do pensamento… com os olhos dos sentimentos e não com os olhos dos conceitos… para finalmente contemplarmos a realidade com os múltiplos olhos da sabedoria, como uma noite estrelada que tudo ilumina… como o calor do sol que nada discrimina!
Esta preciosa prática meditativa é como uma chave que abre o tesouro do nosso coração de criança! Esse tesouro tem o potencial de curar, transformar, purificar o corpo, as emoções, a mente, a energia!
É a arte de render ao que não pode ser mudado; de deixar ir o que ainda nos magoa… de sarar feridas abertas que não têm idade; de cicatrizar dores invisíveis… de lavar as nódoas de medos ocultos; de soltar o que está preso!
É libertar as nossas asas do amor e da confiança, saltar com bravura no espaço sem limites da nossa natureza pura e voar com doçura, saboreando a leveza da liberdade!
É despertar a inocência, a alegria, o contentamento, a espontaneidade… a simplicidade do amor de criança!
É ir além do que nos limita e nos separa, completamente além… e ser amor!

Tadyata Gate Gate Paragate Parasamgate BodhiSoha!

O caminho de cura interna…

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Passei muitos anos da minha vida a pensar que a minha relação com a energia masculina era fluida e natural… porque nas minhas relações os homens sempre me trataram com delicadeza e adoração, como se eu fosse uma deusa. Mas desconhecia de padrões muito escondidos e antigos, que só há poucos anos tive total consciência e ainda os estou a curar…

Como mulher, tinha muita dificuldade em colocar fronteiras, limites, em especial com homens que respeitava, por exemplo professores. As fronteiras e os limites são muito importantes para respeitarmos a integridade do nosso corpo e coração… sem essa integridade, uma mulher implode de insatisfação e tristeza… luta internamente consigo mesma, ao fazer o contrário do que o coração grita!

Outro padrão muito forte era “amar demasiado”… claro que não existe tal coisa, porque é impossível amar demasiado… mas é sim possível, perdermo-nos como mulheres, quando amamos muito. Aprender a amar intensa e apaixonadamente, sem nos perdermos, é um trabalho importantíssimo para uma mulher que quer abrir totalmente o seu coração ao amor e à paixão, mas sem deixar de ser mulher! Às mulheres que se perdem por um grande amor, surgem muitas vezes os padrões de abandono – frequentemente é o homem que as abandona…

Agora sei que esses abusos emocionais e sexuais que eu própria me deixei infligir me causaram muito dano, físico e emocional. No meu caminho espiritual feminino, já muito libertei e curei… Já muito perdoei – incluindo a mim mesma – e cortei… Agora sei o quanto é importante, como mulher, ser autêntica com o meu corpo e coração! Agora sei o quanto é importante amar loucamente, sem me perder! Agora sinto que sou mulher, sou rainha! Como mulheres trazemos a nossa coroa no nosso coração… a espada que corta todos esses padrões nefastos, flui através do nosso sangue! E a doçura e ternura amorosa no brilho dos nossos olhos, reflecte a luz da pura pérola que somos! O nosso corpo é um templo sagrado… o nosso coração é o nosso tesouro oculto!

No próximo sábado vou partilhar quais eram os meus padrões e como os eliminei… mas também vou dar exemplos doutros padrões, como as mulheres que criaram falsas armaduras e por isso fecharam os seus corações e corpos… enrijeceram, tornaram-se duras, controladoras… chamam-se “guerreiras”, mas de facto são gladiadores a lutar numa arena, que são as suas próprias vidas. Também eu já me senti assim em alguns aspectos da minha vida, apenas nunca cheguei a endurecer completamente e sempre mantive a minha doçura feminina, o que fez com que a minha cura fosse rápida e fluida.
Como mulheres, claro que existe um guerreira dentro de nós… mas o que muitas mulheres não sabem é que essa guerreira é aquela que sabe render-se… e aquela que aprende a usar a sua espada de sabedoria para seguir a integridade do seu coração.

Sim, sábado vamos procurar perceber o que é isso da energia masculina, tão forte e penetrante, que nos pode assustar e até causar tantos danos quando não estamos preparadas para lidar com ela… vamos confessar, silenciosamente ou não, quais foram esses danos causados por relações ou situações passadas… vamos procurar ter consciência de padrões que precisamos de cortar… e em círculo vamos nos curar – com meditações poderosas, com visualizações profundas de cura, com a dança do perdão!

A cura é um caminho que começa pelo desejo de iniciarmos essa caminhada em direção à transformação e liberdade… o primeiro passo é reconhecer que preciso de me curar… o segundo é dizer SIM a essa cura… o terceiro é procurar uma tribo que me apoie e me ajude a contornar os obstáculos… o quarto é por cada vitória celebrarmos MUITO todas juntas, como uma irmandade! Quando uma avança, TODAS estamos mais próximas do nosso LAR!!!

 

O que é um ritual?

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Acendo um vela e a sua luz aquece o meu coração… contemplo a beleza das flores para me recordar da minha beleza interna… ao entoar o mantra deixo a vibração penetrar no meu corpo… junto as minhas mãos ao peito e saúdo o sagrado em mim… cada respiração lembra-me que estou viva! cada suspiro conduz-me a camadas mais profundas de mim mesma! cada movimento do meu corpo permite-me honrar o meu templo sagrado!
Ritual é imprimir em cada gesto, cada palavra, cada olhar, cada respiração, cada pensamento, um significado de poder! Esse significado tem a capacidade de transformar! Cada símbolo é amor em ação! É a expressão divina do que somos!

Precisamos de resgatar a tradição dos rituais! Urge colorirmos a nossa vida com a magia dos rituais! Rituais que nos fazem recordar quem somos! Rituais que nos fazem expressar o melhor de nós! Rituais que nos permitem ir mais além…

Com a sua luz que tudo nos ilumina. Com o seu brilho que tudo enche de frescura. Com a sua beleza que tudo penetra. A Lua nos chama para momentos de quietude, repouso, mas também plenitude e êxtase. O seu poder de cura, transformação e sublimação é imenso. Conectarmo-nos com o seu poder, é despertar esse poder no interior de nós… vamos meditar, vamos serenar, mas também vamos festejar, vamos celebrar a Lua Cheia!

 

 

O meu guerreiro interno, confessa…

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Sim, chegou a hora do meu guerreiro interno se abrir e confessar…
Ele está um pouco tímido, mas ainda assim aceita o desafio:

Trabalho arduamente, com objectivos, propósitos e intenções bem definidas… E posso estar horas com a minha atenção unidirecional… e se não fosse a Deusa interna fazer-me parar para dançar, fazer yoga ou apenas alguns estiramentos, podia estar focado até cair para o lado, numa atenção constante, sem quebras!

Gosto de atingir os meus objectivos, de ter sucesso, de ganhar dinheiro para poder investir em projectos mais expansivos e que possam ajudar cada vez mais pessoas…

Mas ainda acredito na perfeição e, portanto, posso sempre ser melhor… e a disciplina é o meu aliado…

Aprendi a transformar a raiva em coragem e, por isso, quando tenho algo em mente dificilmente desisto, mesmo que os obstáculos sejam muito difíceis…

Confio plenamente na minha análise, nos meus conhecimentos, na lógica e na razão… e quando faço julgamentos procuro ser muito justo!

Eu não bebo e não fumo… procuro desafios naturais e nada artificial que me faça sair da minha consciência plena… já subi as mais altas montanhas com 30Kg às costas… e agora quando me lembro daquele médico aos meus 16 anos dizer “nunca terás uma vida normal”, sorrio internamente… talvez tenha razão, fui muito além do normal!

Sei estar presente, consciente… às minhas emoções, ao meu corpo e aos outros…
Quando as emoções me invadem, recolho-me ao meu espaço interior onde encontro o meu silêncio… aí repouso fundindo-me com um oceano de calma que reconheço como fazendo parte da minha consciência pura… confesso que muitas vezes não foi fácil e rejeitei ou tentei controlar essas emoções caindo em padrões de evitar qualquer emoção que emergisse e, desta forma, reprimindo-as…

Ohhhh sim, também confesso que durante muitos anos deixei a minha amada Deusa morrer lentamente… mas como poderia eu viver sem ela? Deixei-a respirar, dei-lhe espaço para viver e se expandir e tudo se tornou mais colorido, mais harmonioso, mais aberto… e sim, com gratidão o coração começou a bater com mais alegria e satisfação; o sangue a correr com mais fluidez e serenidade; o corpo a mover-se com sensualidade e radiancia natural… ohhh e aquelas hormonas que ora saltitam de paixão, ora de doçura! Fizemos as pazes e como estou feliz… amo-a mais e mais, cada vez que ela está no seu máximo feminino, na sua plenitude e energia, na sua mudança e movimento, na sua criatividade e expressão!
Já não tenho medo das suas emoções, agora sei que basta abraçá-la com a minha presença… e as suas lágrimas são rios de néctar… e a sua tristeza, momentos de carícias… e a sua raiva, lutas alegres que acabam em abraços de paixão!
E sei que quanto mais a deixo brilhar, mais ela tem potencial para me amar! Como é belo o nosso amor!
Ela reconhece o quanto lhe dou sucesso, força, estrutura, estabilidade e coragem interna!
Mas agora sei que ela me dá muito mais… o sucesso do coração, a força da vulnerabilidade, a estrutura da harmonia, a estabilidade da fluidez natural, a coragem do amor!
Ela regressou às suas raízes… abraça a natureza… respeita os seus ciclos naturais… olha a lua com devoção… pratica em sintonia com a fase do seu ciclo… recolhe-se quando assim o sente; salta quando o coração a chama; canta quando a emoção lhe pede; ri quando a sua criança interior acorda!
Aprendeu a dançar a sua mudança interna… e a abrir o seu coração à vida… a ser energia, a ser a vida!
Agora sei que não a posso reprimir… sei o quanto preciso dela para ser verdadeiramente feliz, para ter um sucesso autêntico, para estar em paz!
Ohhh como a amo! Agora sei, juntos, somos completos, somos a Dakini!

 

 

 

A Terra me chama…

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Quando a Terra nos chama, como uma batida bem forte, daquelas que faz o coração pulsar, que fazer?
Inscrevi-me para o Festival Tantra Opening to Love em Ibiza no início deste ano, ainda não sabendo que o meu amado Christof me iria acompanhar… Estava naquela fase de trabalhar os meus medos mais profundos, incluindo o medo de estar só. A conclusão desse trabalho interior foi: não deixarei de seguir o coração só porque não tenho companhia!
A verdade é que estou muito feliz de ter abraçado esta aventura não só como mulher, mas também como amante, pois muitos trabalhos não teriam sido tão profundos, pois certamente não haveria tanta naturalidade na entrega e cumplicidade.
Muitas meditações, massagens, respiração e dança… sim, muita música, alegria, conexão e movimento!
O silêncio vinha ao final do dia com a meditação silenciosa para integração do dia tão intenso.
Primeiro procuramos reconhecer a nossa natureza que já é amor! Reconhecendo em nós mesmos e também nos outros, como nossos espelhos… Depois, um dia só para mulheres e só para homens para trabalharem as suas essências sexuais e assim naturalmente aumentar-se a polaridade sexual do casal… à noite, o ritual de união dos amantes que foi belo e mágico! Eu diria que foi o clímax do Festival… mas não ficou por aqui… Seguiram-se trabalhos profundos para abrirmos o nosso coração ao amor e, claro, à intimidade…
Mas entretanto, a vida como perfeita professora, apresentou-me uma grande crise intestinal como limpeza, uma frágil crise de vulnerabilidade depois de receber uma longa massagem com Yoni Release, mas que se reflectiu numa maior abertura emocional e profunda conexão com o meu amado. Entretanto, os testes da vida não terminaram e o meu amado Christof encheu-se de febre e vi-me pela primeira vez na minha vida, serena e tranquila comigo, com ele e com a própria vida, por nesse dia não poder usufruir do Festival… A escolha foi apenas minha, mas foi uma bela escolha: estar com e para ele, e o que aprendi com essa escolha não tem medida, nem palavras!
E agora perguntam, Festival Tantra? Houve sexo? Muito no meu quarto… ahahaha!!! Mas não diria sexo, mas sim sexualidade consciente! Mas no festival houve muitos abraços, olhar nos olhos, toque… abertura, conexão… sexo? Não! Assim como nenhuma droga e nenhum álcool eram autorizados dentro do Festival.
Sem dúvida um otimo Festival para testar as nossas fronteiras, a autenticidade e integridade connosco mesmos, assim como o respeito pelo outro… mas também a nossa capacidade de nos abrirmos à vulnerabilidade emocional (confesso que no círculo de mulheres – cerca de 150! – derramei muitas belas lágrimas!)… derrubar o medo de abrir o coração e, sem expectativas, conectarmos com o outro, seja homem, mulher, feio ou bonito… e, muito importante, ganharmos capacidade de nos sentirmos confortáveis com o nosso corpo, com as nossas limitações, com o que sentimos, e, sem medo, expressarmo-nos de forma honesta e sincera, sem forma e sem mente! Esta é a verdadeira nudez!

 

 

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Dança Dakini

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A Dakini representa a dançarina que se move livremente no céu aberto, completamente nua de qualquer sombra mental, evocando o movimento da energia no espaço. Essa dança representa o florescimento espontâneo da mente desperta ou sabedoria.
Neste despertar, o corpo da dakini lentamente floresce como uma flor de lotus ao sol e a sua energia sensual gradualmente começa a fluir como um rio de puro nectar… e como uma larva a tornar-se borboleta, a dakini ganha a abilidade de transformar os seus bloqueios em sabedoria… a dakini, como uma deusa, inicia a sua expressão criativa e livre… a dakini expande o seu coração e dança num movimento fluido amoroso cheio de graditão e plenitude, reconhecendo o seu poder interno, a sua natureza de amor.

Evento: Dança Dakini c/ Ana Taboada – Sensualidade, criatividade e êxtase.

Data: Domingo, 2 Outubro
Hora: 17:30 às 19:30
Local: Estúdio Ana Taboada
Preço: 15€ por pessoa
Inscrições: ana@anataboada.com

Programa:
A Dança Dakini é uma forma rápida e fácil de despertar a consciência sensual da mulher. Este workshop é para todas as mulheres e tem 3 partes:
1a Parte:
Exercícios físicos e respiratórios libertadores que preparam o corpo da mulher para o treino de movimentos conscientes sensuais;
2a Parte:
Treino gradual de movimentos conscientes sensuais que ajudam a mulher a ganhar auto-confiança, amor próprio, poder interno;
3a Parte:
Danças livres com distintos ritmos com diferentes objectivos: shake (trance), sensual e êxtase!

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Mais sobre Dança Dakini:

Como derreter um bloco de gelo?
Simples, aquecendo-o, criando as condições correctas para que possa derreter… Continua a ser água, mas derretida fica fluida, flexível, livre para se expandir… E se olhar para trás e observar como era o meu corpo, assim me identifico, era como um bloco de gelo.
É verdade que sempre tive um corpo muito flexível, logo nem tudo era gelo! e a energia vital estava lá bem presente, em especial desde que comecei a praticar yoga… por isso o trabalho corporal consciente que faço desde os 16 anos ajudou-me a libertar muitos bloqueios mentais e emocionais, muita rígidez… e mais tarde, principalmente com práticas de Yoga Tibetano do Budismo Tantrayana, aprendi a canalizar e sublimar a minha energia sexual que estava muito reprimida.
Ainda assim, se há dois anos me vissem dançar parecia mesmo um bloco de gelo… A mente já estava muito mais aberta, o corpo muito mais desbloqueado, mas algo muito escondido ainda residia de forma bloqueada no mais profundo de mim… agora tenho plena consciência que era o fantasma da vergonha de me expor, o malvado sentimento de culpa de sentir prazer, o grande monstro do medo de ser criticada ou rejeitada porque ser sexy ou ser sensual é tabu, não é puro e não é de todo de uma donzela… tudo isto me fazia reprimir muita energia sexual e esta energia, quer queiramos quer não, é a nossa energia mais vital que quando bem usada traz-nos inúmeros benefícios na saúde e mente.
Muitas mulheres pensam que é o corpo ideal, a maquilhagem perfeita, a roupa provocante ou o movimento erótico que a torna realmente sexy… pode até ajudar, mas se não vem de dentro, não é natural, logo é artificial. Ser sexy de forma natural significa aprender a libertar a nossa energia sexual e transformá-la em poder, em êxtase… é desta forma que a mulher se torna naturalmente sensual… uma mulher radiante, cheia de vitalidade, de brilho!

Em tempos ancestrais as mulheres juntavam-se para dançarem e assim com a ajuda da energia feminina libertarem a sensualidade inata dos seus poderosos corpos. O corpo da mulher traz esta dádiva de com alguns movimentos conscientes pélvicos, um yoga ou uma dança mais sensual, e com a ajuda da música e orientação correcta, acordar a sua sensualidade natural em pouco mais de 10min… e de um momento de medo, tensão, rígidez passar a uma explosão de êxtase, de alegria feminina sensual pura e todas as mulheres a sentem, por mais pequeno que seja o movimento.

Então porque acontece tão facilmente nas mulheres?
É a dádiva do corpo feminino, o poder do corpo da mulher e esta explosão de sensualidade conduz-nos a um despertar do corpo energético, hormonal que se reflecte no nosso estado mental, emocional e de saúde… sentindo poder e plenitude de dentro para fora.

Então porque não usamos mais esta capacidade?
Porque tem havido muita repressão à mulher usar a sua sexualidade para seu benefício.
Hoje em dia as mulheres não se juntam para o seu próprio prazer, mas sim apenas para o prazer dos homens ou de outras pessoas a assistirem… assim fomos perdendo a arte de despertar o nosso poder inato.
E a sociedade e a educação ao nos ensinar que a sensualidade é insegura, levou-a a ficar cada vez mais reprimida e silenciosa no corpo feminino e, assim, este desejo de expressar esta sensualidade começou a ser visto como um lado sombra, e claramente vemos esse emoção reprimida em mulheres completamente embriagadas a quererem trazer à superfície esse desejo de se sentirem sensuais e dançarem de forma mais louca e selvagem. É um desejo lindo, mas infelizmente essas mulheres não estão no seu poder…
Contudo, é possível despertar este poder com consciência, sem nos desconectarmos do nosso corpo e da nossa mente, usufruindo de cada movimento sem sentimento de culpa, medo ou sem ser apenas para agradar, dar prazer aos que observam – como acontece nas casas de strip ou numa discoteca.

Como resgartar esta arte natural feminina?
Este caminho para resgartar esta arte natural feminina requer compaixão por nós mesmas, pois pode ser muito gradual ou então, com as condições e orientações correctas onde a mulher se sente protegida, sem julgamento à volta, num ambiente que confia e relaxa, pode ser muito rápido e direto.

No meu caso específico, estou muito longe de ser uma dançarina, mas nem é esse o meu objectivo… até porque muitas, a meu ver, estão muito longe de serem naturalmente sensuais…
Mas se vos disser que foram apenas algumas aulas de dança, juntamente com a minha enorme vontade para expressar esta minha energia interna em estado de expansão que fizeram derreter o meu bloco de gelo, acreditam?!… danço muito sozinha em casa, ao som da minha música preferida e muitas vezes nua, porque este trabalho passa pela aceitação completa do nosso corpo… danço comigo, sozinha ou com o meu namorado, danço com a lua e com o sol, danço com a minha gatinha, danço com as ondas do mar, danço com a brisa fresca, danço com a vida!

No próximo domingo vou partilhar o que mais me ajudou a libertar-me dessa rigidez interna, na forma de movimentos pélvicos, yoga sensual e dança… com variados ritmos, pois têm diferentes objectivos… e como era feito em tempos ancestrais, só entre mulheres! porque a minha dakini interna pode ajudar a despertar a tua dakini interna e juntas somos certamente mais poderosas, mais deusas, mais dakini!
O workshop Dança Dakini é dia 2 Outubro das 17:30 às 18:30 e neste momento há apenas 3 vagas!

A Dança Dakini também irá fazer parte de um programa intensivo de fim de semana de Love & Life Empowerment para mulheres que vou lançar ainda este ano. O primeiro será dias 5 e 6 Novembro.

A Newsletter Bimensal Ser Dakini de Setembro/Outubro, será lançada em meados/finais de Outubro e incluirá um relatório geral (aspectos positivos e negativos segundo a minha perspectiva) sobre as Primeiras Jornadas de Sexualidade Sagrada que participei nos finais de Julho em Marvão e sobre o Empowerment de Vajravarahi que estive presente em meados de Setembro em Barcelona. Vai também incluir algumas dicas de Dakini Yoga… :D. Para receberes esta newsletter gratuita online faz a tua subscrição aqui.

Pede também para aderires ao grupo secreto do Facebook: Círculo das Dakinis

E vê o meu vídeo de apresentação da Dança Dakini do meu Canal do Youtube:

Próximos Eventos:

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Trago comigo encantamento…

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Neste tórrido mês de Agosto, no inspirador cenário natural do Monte Mariposa, juntamo-nos num círculo de Dakinis, guiadas pelo coração e pela sabedoria da Ana Taboada, para celebrar e (re)descobrir a mulher, a deusa, que somos. Foi maravilhoso!
O que trouxe comigo? Ah! tanta coisa que é difícil explicar, as palavras parecem não chegar…
Trago comigo encantamento com o meu corpo, com a minha capacidade de sentir.
Trago um sentimento de união, de irmandade no feminino – somos irmãs de corpo e coração, e é tão belo que me emociono sempre que penso nestes dias. Sorrio sempre que penso em nós, juntas, a celebrar. Foi lindo!
Trago comigo novas práticas, que tenho procurado tornar diárias. Sinto o meu corpo a responder com mais alegria, com maior vivacidade e vigor, com mais poder!
Caminhar pelo meu centro de poder tornou-se uma nova forma (quase) natural de caminhar – o meu corpo começa a assumir essa postura como a minha maneira de me apresentar ao mundo, quase sem esforço. E a resposta dos outros é tão forte que mais uma vez me faz sorrir – temos realmente um poder incrível dentro de nós!
Trago comigo as gargalhadas, as brincadeiras, a alegria e as lágrimas, de limpeza e libertação de tantos traumas e medos. E a partilha – que poderosas se tornaram as partilhas!
Trago comigo os tempos de descanso tão sabiamente encadeados entre práticas e ensinamentos – permitiu-me ir integrando cada momento.
Trago comigo o espaço, o belíssimo espaço natural do Monte Mariposa com o cantar das cigarras e o zumbir dos mosquitos, os figos e as alfarrobas, a água tépida da piscina e o calor do sol, o brilho intenso das estrelas e a suavidade dos lençóis, e as saborosas e nutritivas refeições que partilhamos! Que falta me fazem em casa!
O brilho dos meus olhos cresceu e o meu sorriso ampliou-se. Dentro de mim (re)nasceu a felicidade. Sinto amor por mim, por vocês, por nós! Somos maravilhosas!
Em Agosto de 2017 lá estarei (seja esse o meu caminho).

Dakini Sónia
Retiro Celebrar a Dakini – 8 a 11 Agosto – Monte Mariposa (Santa Catarina de Fonte do Bispo – Tavira)

…Já lá vão umas semanas e parece que foi ontem… ler as palavras da querida Sónia fizeram-me recuar no tempo e voltar a sentir aquela força da união, da entrega, da partilha, do poder interno, da irmandade, da autenticidade… e muito, muito mais…

E para quem ainda não viu ou quer recordar, eis o meu mais recente vídeo no meu Canal de YouTube sobre o Retiro Celebrar a Dakini:

 

Coração cheio de mulher!

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Neste início de Agosto desci até ao Algarve onde deliciei-me com alguns dias de praia antes de iniciar o tão esperado Retiro Celebrar a Dakini… A praia foi um bálsamo, a família um quentinho para o coração, o mar uma purificação, a lua como uma batida forte da mãe natureza a chamar a ser mulher! Sou mulher, sou deusa, sou Dakini… e não podia estar melhor para no dia 8 Agosto iniciar a orientação do meu primeiro retiro só para mulheres no paraíso do Monte Mariposa!

As palavras são secas, sem essência para descrever a plenitude e profundidade daquelas dias na partilha, união e conexão entre aquelas mulheres, tão diferentes, mas tão iguais.
Chorámos juntas… mas rimos ainda mais! Gritámos em sintonia, mas cantámos mais alto! Com coragem de leoas olhámos, sorrimos e abraçámos os nossos medos, fragilidades e vulnerabilidades… despertámos a mulher ancestral, a selvagem, mas também aquela que é sublime e sempre será a deusa! Todas juntas sentimo-nos mais Dakinis… mais empoderadas, mais vivas, de coração cheio de mulher!
Para Agosto de 2017 lá estaremos novamente…

 

E porque nunca é demais falar deste retiro Celebrar a Dakini, eis o lindo testemunho de uma das Dakinis:

“Conheci a Ana no dia 8 e março (dia da Mulher) deste ano quando decidi participar numa apresentação sobre “Mindfulness dos Sentidos” que dinamizou em Braga, local onde nasci e quase sempre vivi. Nessa altura, sentia-me algo desorientada, presa a medos e acontecimentos pessoais que teimavam em controlar a minha atitude perante a vida. Vida que se centrava em cuidar dos que me rodeavam, a nível pessoal e profissional, esquecendo-me da minha essência como Mulher. Depois de ouvir a Ana, que de forma tão natural partilhou alguns dos seus conhecimentos sobre Mindfulness, apercebi-me que podia ser muito mais feliz e decidi que tinha que cuidar de mim e procurar alcançar a tranquilidade interior que tanto desejava!
Quando soube da realização do retiro “Celebrar a Dakini!” senti que seria algo que tinha que participar. E de facto estou tão orgulhosa dessa minha decisão. Fui sem saber muito bem para o que ia, mas com muita vontade e curiosidade. E sentindo sempre que iria cuidar de mim! Conheci Mulheres com uma energia incrível, experienciei algumas práticas de Yoga tibetano (como o Lu Jong, Tsa Lung) que desconhecia totalmente e que me fizeram sentir tão bem física e mentalmente, reaprendi a ser Mulher em toda a sua plenitude, sem barreiras nem tabus mas com toda a naturalidade e sensualidade. E regressei ao meu “mundo real” com uma energia interior que me tem permitido ultrapassar barreiras interiores e descobrir uma forma de estar e viver a vida com tranquilidade, leveza, bem-estar e autoestima. E a dançar com o corpo e com a nossa mente! Obrigada Ana e a todas as Dakinis! Um abraço apertadinho a cada uma de vós. Até breve!”
Dakini Isabel – Braga

E eis o meu mais recente vídeo no meu Canal de YouTube só podia ser para recordar o Retiro Celebrar a Dakini:

Honrar ser mulher, ser mulher por inteiro!

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O que será ser mulher por inteiro? O que é isso de ser mulher completa? E o que é honrar ser mulher?
É bastante claro para mim que honrar significa abraçar todo o universo de um ser e não apenas uma parte… mas é também dar-lhe a devida atenção e valor… É sem vergonha e sem sentimento de culpa, olhar, reconhecer e adorar! Exige aceitação e apreciação.
Aceitar que ao ser mulher tenho uma mente que ora cai num padrão feminino demasiado emotivo que se vitimiza, ora no padrão masculino demasiado racional que se torna controlador… é purificar essas energias para que o feminino e o masculino dentro de mim se equilibrem e a inteligência se converta em sabedoria.
Aceitar que tenho uma força selvagem que corre no meu sangue e nasce nos meus ossos… é libertar a mulher ancestral que está para além da cultura, da sociedade e do conceito, que é fogo e que é terra, que é coragem e se expressa sem medo. É descobrir esse meu centro de poder interno e colocá-lo em acção respeitando o meu alinhamento.
Aceitar que tenho um coração que ama, que cuida, que acarinha e vê a beleza à sua volta como reflexo da sua própria beleza. É a suavidade da água e do vento que me faz ser doce, flexível, amorosa, ser amante, mãe e cuidadora.
Aceitar que nesta mulher há a inocência de uma criança que grita para ser espontânea, criativa e que anseia por rir até chorar e brincar até morrer…
Aceitar que esta mulher se deve olhar ao espelho e gostar e adorar o que vê, gostar e adorar o que toca… um corpo perfeito para despertar mil e uma sensações e para sentir puro prazer. Um templo sagrado que é sensorial e que é sexual e que é sensual e que precisa de ser nutrido e cuidado, curado e transformado, respeitado e purificado… e não só uma parte, mas sim todo ele, incluindo as partes mais íntimas e mais sagradas que contêm escondidas os seus maiores tesouros, mas também o seu passado recalcado, os seus medos escondidos, a sua herança mal resolvida, a sua vergonha disfarçada.
Aceitar que esta mulher quer ser feliz, quer amar, quer sentir êxtase até ao infinito porque este é o seu potencial… quer expandir, quer ser inteira, quer ser completa porque isto é ser Dakini!

Resgatar a mulher inteira, aquela que é fogo, mas também água… aquela que é terra, mas também vento… aquela que aprende a equilibrar e purificar as suas energias mais femininas e mais masculinas… aquela que é mente, mas também é corpo… aquela que é coração, mas também selvagem… aquela que é criança, mas também é deusa… aquela que dança no espaço aberto empoderada e livre de medos… aquela que se rende e se entrega sem perder a sua autenticidade… É curar a mulher ferida, é transformar a mulher selvagem, é sublimar a mulher deusa, é celebrar a mulher Dakini!

 

E eis o meu mais recente vídeo já online no meu Canal de YouTube sobre o princípio ativo da Dakini:

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