Eu acredito na mudança… e tu?

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Comecei pelos agradecimentos, a todas as participantes, mas em especial à Dra Aida, diretora da BLCS, pelo voto de confiança. Foi a segunda vez que apresentei o meu trabalho nas comemorações do Dia Internacional da Mulher e, mais uma vez, foi um sucesso. Recordei que este ano faz 8 anos que estive naquele auditório pela primeira vez a apresentar o meu CD de Taças Tibetanas e Gongos, numa fase completamente diferente daquela em que estou hoje, uma outra Ana, uma das muitas desta existência.
Resgatei do passado também a memória que vim para a Braga há 13 anos, sem familia, sem amigos, mas com a perspectiva de uma carreira como técnica superior de laboratório na ECS da UM… e passados três anos desisto desse emprego “seguro” para me dedicar a uma vida completamente nova, totalmente do zero, cheia de desafios, mas também muitas bençãos…
E numa cidade que não é o meu berço, muito conservadora e cheia de preconceitos, como é delicioso – depois de 10 anos de obstáculos, mas também muitas vitórias; após partir muita pedra, abrir muitas mentes, caminhos e tocar muitos corações – ser reconhecida e receber elogios como:

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Possa eu ser a mudança que quero ver no mundo… continuando a inspirar muitos com o meu “Feminino”, “bem-estar”, “harmonia” e “tranquilidade”.
Eu acredito que a mudança é possível! Eu acredito num mundo mais amoroso, compassivo, natural, autêntico, feliz, saudável, harmonioso, livre; onde homens e mulheres não só se respeitam, mas adoram-se! Onde o amor não tem fronteiras, cor, raça, género… onde a compaixão não tem limites… onde é possível a devoção entre muitos corações abertos… onde os corpos vivem em êxtase… onde a sensualidade e a sexualidade é sagrada… onde as relações são vividas com integridade e paixão… Mas também acredito que essa mudança começa por mim… e por ti… por cada um de nós!
Grata à minha família que sempre me apoiou e respeitou incondicionalmente… Grata a quem me segue com tanta determinação e coragem… Grata ao meu companheiro por caminharmos lado a lado, de corações unidos e apaixonados…
Grata a mim, grata à vida e grata a todos que abraçam o caminho da mudança interior!
Todos beneficiamos… o planeta e a humanidade agradece!

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E o teu fogo sagrado como está?

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Fogo é instinto, faz vibrar o peito, estremecer o corpo e comover o coração. Quando acende, pede ação imediata, como uma leoa a proteger a sua cria, sabe se avançar ou se esconder. É a natureza instintiva, básica e inata na mulher, que a faz saltar sem medo na aventura da vida.
Fogo é também a sabedoria do corpo físico e da alquimia sexual. A serpente dançante em êxtase, que nasce das entranhas misteriosas do templo feminino.
Fogo é a transmutação que permite a mulher evoluir, crescer e avançar para novos níveis de energia. Queima o passado e cria espaço para o novo.
Fogo é também a paixão, as emoções ao rubro, a força avassaladora de um vulcão em erupção. Se essa força não é vivida constrói-se uma muralha no coração e lentamente a mulher morre para a vida…

A mulher que deixa apagar o seu fogo é aquela que segue o que não quer só para corresponder às expectativas dos outros, da sociedade e do sistema… é aquela que não ouve a vibração do coração por medo de sair da sua zona de conforto, do seguro e do que é aceite fora dela… torna-se rígida, séria e sem vida.

A mulher que extingue o seu fogo é aquela que rejeita a sabedoria do seu corpo e da sua sexualidade sagrada… é aquela que tem vergonha, medo, sentimento de culpa e por isso reprime a sua energia sexual. Mas também é aquela que não respeita o seu corpo e a sua sexualidade sagrada e por isso abusa, despreza, manipula a sua energia sexual.

A mulher que não segue o seu fogo fica agarrada ao passado por medo de perder o controlo. São mulheres controladoras, demasiado estruturadas e racionais.

A mulher que não alimenta o seu fogo sagrado tem medo das suas emoções e de expressar o que sente… coloca a máscara do racional para se apresentar como forte. Não se permite sentir, amar e viver…

E o teu fogo sagrado como está? Sentes o seu calor? Segues a sua vibração? Alimentas a sua fome? Deixas-te queimar pela sua sabedoria? Permites-te ser iluminada com a sua chama?

 

O caminho de cura interna…

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Passei muitos anos da minha vida a pensar que a minha relação com a energia masculina era fluida e natural… porque nas minhas relações os homens sempre me trataram com delicadeza e adoração, como se eu fosse uma deusa. Mas desconhecia de padrões muito escondidos e antigos, que só há poucos anos tive total consciência e ainda os estou a curar…

Como mulher, tinha muita dificuldade em colocar fronteiras, limites, em especial com homens que respeitava, por exemplo professores. As fronteiras e os limites são muito importantes para respeitarmos a integridade do nosso corpo e coração… sem essa integridade, uma mulher implode de insatisfação e tristeza… luta internamente consigo mesma, ao fazer o contrário do que o coração grita!

Outro padrão muito forte era “amar demasiado”… claro que não existe tal coisa, porque é impossível amar demasiado… mas é sim possível, perdermo-nos como mulheres, quando amamos muito. Aprender a amar intensa e apaixonadamente, sem nos perdermos, é um trabalho importantíssimo para uma mulher que quer abrir totalmente o seu coração ao amor e à paixão, mas sem deixar de ser mulher! Às mulheres que se perdem por um grande amor, surgem muitas vezes os padrões de abandono – frequentemente é o homem que as abandona…

Agora sei que esses abusos emocionais e sexuais que eu própria me deixei infligir me causaram muito dano, físico e emocional. No meu caminho espiritual feminino, já muito libertei e curei… Já muito perdoei – incluindo a mim mesma – e cortei… Agora sei o quanto é importante, como mulher, ser autêntica com o meu corpo e coração! Agora sei o quanto é importante amar loucamente, sem me perder! Agora sinto que sou mulher, sou rainha! Como mulheres trazemos a nossa coroa no nosso coração… a espada que corta todos esses padrões nefastos, flui através do nosso sangue! E a doçura e ternura amorosa no brilho dos nossos olhos, reflecte a luz da pura pérola que somos! O nosso corpo é um templo sagrado… o nosso coração é o nosso tesouro oculto!

No próximo sábado vou partilhar quais eram os meus padrões e como os eliminei… mas também vou dar exemplos doutros padrões, como as mulheres que criaram falsas armaduras e por isso fecharam os seus corações e corpos… enrijeceram, tornaram-se duras, controladoras… chamam-se “guerreiras”, mas de facto são gladiadores a lutar numa arena, que são as suas próprias vidas. Também eu já me senti assim em alguns aspectos da minha vida, apenas nunca cheguei a endurecer completamente e sempre mantive a minha doçura feminina, o que fez com que a minha cura fosse rápida e fluida.
Como mulheres, claro que existe um guerreira dentro de nós… mas o que muitas mulheres não sabem é que essa guerreira é aquela que sabe render-se… e aquela que aprende a usar a sua espada de sabedoria para seguir a integridade do seu coração.

Sim, sábado vamos procurar perceber o que é isso da energia masculina, tão forte e penetrante, que nos pode assustar e até causar tantos danos quando não estamos preparadas para lidar com ela… vamos confessar, silenciosamente ou não, quais foram esses danos causados por relações ou situações passadas… vamos procurar ter consciência de padrões que precisamos de cortar… e em círculo vamos nos curar – com meditações poderosas, com visualizações profundas de cura, com a dança do perdão!

A cura é um caminho que começa pelo desejo de iniciarmos essa caminhada em direção à transformação e liberdade… o primeiro passo é reconhecer que preciso de me curar… o segundo é dizer SIM a essa cura… o terceiro é procurar uma tribo que me apoie e me ajude a contornar os obstáculos… o quarto é por cada vitória celebrarmos MUITO todas juntas, como uma irmandade! Quando uma avança, TODAS estamos mais próximas do nosso LAR!!!

 

Celebrar a última Lua Cheia do ano!

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Evento: Ritual de Meditação da Lua Cheia
Data: Quarta, 14 Dezembro
Hora: 19:30 às 21:00
Local: Estúdio de Yoga Tibetano – Ana Taboada
Contribuição: 10€ / mulher ou homem

Descrição:
Com a sua luz que tudo nos ilumina. Com o seu brilho que tudo enche de frescura. Com a sua beleza que tudo penetra. A Lua nos chama para momentos de quietude, repouso, mas também plenitude e êxtase. O seu poder de cura, transformação e sublimação é imenso. Conectarmo-nos com o seu poder, é despertar esse poder no interior de nós… vamos meditar, vamos serenar, mas também vamos festejar, vamos celebrar a Lua Cheia!

Inscrições: ana@anataboada.com

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Mais sobre este Ritual:

Noite de Lua Cheia é sempre muito especial… A sua luz cura! O seu brilho transforma! A sua beleza abre-nos ao oceano de amor!
Quando meditamos numa noite de Lua Cheia usamos o seu poder para alcançar quietude… para repousar no nosso Templo interno… para nos banharmos no seu êxtase… para regressar a casa e a partir desse lugar criar vidas de sonho!
Com o mesmo propósito, com a mesma intenção vamos todos juntos festejar e celebrar a última Lua Cheia deste ano!

PS: Inclui meditações para purificação, para encontrar a quietude mental e para sentir êxtase… com algumas práticas adicionais, como massagem e dança!

Próximos eventos!

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Evento:
Mindfulness: Respiração , Sensações , Mente & Ritual do Chá

Data: Domingo , 20 Novembro
Hora: 11:30 às 12:45
Local: Estúdio de Yoga Tibetano – Ana Taboada
Preço: 10€ por pessoa

Descrição:
Mindfulness é simplesmente repousar a mente no momento presente… estar em atenção plena, sem julgamento e sem análise, ao aqui e agora…
Mindfulness é arte de deixar ir os pensamentos e simplesmente apreciar a beleza de cada instante com consciência pura e natural.
Mindulness é em cada respiração sentirmos o milagre de estar vivo em cada sensação a gratidão por sentirmos; em cada instante repousar na natureza livre da mente. Mindfulness é a simplicidade de sentir numa gota de chá, um oceano de amor… Um ritual para estar, sentir e ser!

Inscrições: ana@anataboada.com

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Evento: Seminário Amor, Sexualidade consciente & Relações autênticas

Tema: Despertar a essência sexual – libertar de padrões de compensação, falsas crenças e medos
Data: 23 Novembro, quarta feira
Hora: 20:30 às 22:30
Preço: 15€/pessoa | 25€/casal
Local: Estúdio de Ana Taboada
Inscrição: ana@anataboada.com

Descrição:
Independentemente de sermos homens ou mulheres, todos temos um núcleo ou essência sexual mais feminina, masculina ou neutra… mas muitas vezes não temos consciência da sua natureza. Ao longo dos anos, infuenciados pela educação e sociedade, vamos ocultando e encobrindo essa essência tão vital para sermos pessoas felizes e termos relações autênticas! Chega a hora de resgatar, nutrir e cuidar da nossa verdadeira essência sexual… e para isso teremos de ir mais além dos padrões de compensação, das falças crenças, das negações e dos medos! O resultado são corações abertos, amantes concientes e autênticos, capazes de relações abertas, que vão mais além da co-dependência e da co-independência!

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Evento: Retiro Mindfulness & Spa

Datas: 25 a 27 Novembro 2016
Local: Hotel Minho – Vila Nova de Cerveira
Preço: 230€/pessoa

Inclui:

▪ Introdução teórica e prática de Mindfulness (desde a base de Mindfulness, passando por Mindfulness dos sentidos até Mindfulness do coração);
▪ Alojamento em quarto duplo em regime de pensão completa (incluindo jantar de sexta e almoço de domingo);
▪ Acesso à piscina interior e circuito de águas, sauna e hammam;
▪ Oferta de 1 banho de barrica ou de lavanda (30min)

Descrição:
Um retiro é uma oportunidade única para sair das nossas rotinas e stress diários, e com a ajuda de boas condições e orientações aprendermos a relaxar, meditar para acalmar, abrir os nossos sentidos e coração às nossas necessidades, aos outros e à vida!
Quando aprendemos a estar no momento presente, a sentir o poder do agora e a relaxar o nosso corpo e a nossa mente, começamos a ganhar a capacidade de sair das preocupações, frustações, ansiedades, medos e todas as neuroses mentais… começamos a ganhar mais consciência, clareza mental e poder de decisão… começamos a recuperar a nossa autoconfiança e coragem interna… começamos a aprender a apreciar a vida e a usufruir dos seus encantos com total plenitude… começamos a saber o que realmente significa amar e abrir o coração… porque Mindfulness é a base para corações abertos, mentes felizes e vidas plenas!

Inscrições: ana@anataboada.com

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Evento: Circulo de Dakinis
Tema: A Lua em ti!

Data: Sábado, 3 dezembro
Hora: 10:00 às 16:30 (c/ paragem para almoço)
Local: Estúdio de Yoga Tibetano – Ana Taboada
Contribuição: 35€ / dakini

Pacote Especial dia 3 Dez: Círculo das Dakinis + Ritual Trance Dance = 45€ / dakini
[O Ritual de Trance Dance terá lugar também no Estúdio, orientado pela Carolina Maria, das 18:00 às 21:00.]

Inscrições: ana@anataboada.com

Descrição:
Sejamos mulheres menstruadas – com um ciclo natural ou artificial – sejamos não menstruadas, todas beneficiamos do Poder da Lua! A Lua são as nossas hormonas e variam de forma cíclica todos os meses… as hormonas são o nosso humor, mas também o nosso êxtase!

O Sol é o nosso sangue! Essa energia que ora é renovada, ora se esgota, ora é vitalidade e criatividade, ora borbulha como uma fera de emoções… Respeitando o ciclo da nossa Lua interna e harmonizando o nosso Sol interno é possível sermos mulheres mais criativas, mais intuitivas, mais motivadas, mais plenas, mais expressivas, mais REALIZADAS & FELIZES!

Basta de dar ênfase ao estilo linear, masculino “do it – do it – do it!”, tão impregnado nos dias de hoje… queremos ser mulheres de sucesso, mas felizes, empoderadas de vitalidade, energia criativa, intuitiva, suavidade e paixão!

Programa:
– Dakini Yoga que inclui Qi Gong Feminino para harmonizar a Lua e o Sol internos;
– Dança Dakini que inclui movimentos pélvicos para libertar as tensões pélvicas;
– Círculo das Dakinis para partilha e debate com sessão teórica sobre a menstruação: cuidados de saúde, yoga e meditação; como sair do mito da consistência feminina e, em vez de resistir e controlar, aprender a abraçar a onda dos nossos ciclos naturais; como libertar o medo, vergolha, falsas crenças relativamente ao ciclo menstrual, fluidos, corpo, emoções…
– Massagens a pares e individuais;
– Meditações/visualizações para purificação do corpo, energia e mente com o poder da Lua.

A trazer:
– Roupa confortável para excercício físico
– Meias quentes porque não se entra calçado dentro do Estúdio
– Garrafa de água
– Comida prática, mas se possível saudável para o almoço (para quem quiser ficar no Estúdio e aproveitar para conviver – não esquecer de trazer talheres caso precisem).

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Evento: Ciclo de Cursos de Filosofia & Psicologia Budista
5o Módulo: Treino do Corpo (módulo independente e aberto a todos)
Data: Domingo, 4 Dezembro

5o Módulo: Treino do Corpo

Conteúdo programático:
– introdução à medicina tibetana
– teoria dos 5 elementos e a nossa relação com a natureza
– a visão tantrayana do corpo e mente (segundo o Tantra de Guhyasamaja)
– a essência da prática tantrayana
– Prática da meditação do amor e compaixão substancial

Inscrições: ana@anataboada.com

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A Terra me chama…

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Quando a Terra nos chama, como uma batida bem forte, daquelas que faz o coração pulsar, que fazer?
Inscrevi-me para o Festival Tantra Opening to Love em Ibiza no início deste ano, ainda não sabendo que o meu amado Christof me iria acompanhar… Estava naquela fase de trabalhar os meus medos mais profundos, incluindo o medo de estar só. A conclusão desse trabalho interior foi: não deixarei de seguir o coração só porque não tenho companhia!
A verdade é que estou muito feliz de ter abraçado esta aventura não só como mulher, mas também como amante, pois muitos trabalhos não teriam sido tão profundos, pois certamente não haveria tanta naturalidade na entrega e cumplicidade.
Muitas meditações, massagens, respiração e dança… sim, muita música, alegria, conexão e movimento!
O silêncio vinha ao final do dia com a meditação silenciosa para integração do dia tão intenso.
Primeiro procuramos reconhecer a nossa natureza que já é amor! Reconhecendo em nós mesmos e também nos outros, como nossos espelhos… Depois, um dia só para mulheres e só para homens para trabalharem as suas essências sexuais e assim naturalmente aumentar-se a polaridade sexual do casal… à noite, o ritual de união dos amantes que foi belo e mágico! Eu diria que foi o clímax do Festival… mas não ficou por aqui… Seguiram-se trabalhos profundos para abrirmos o nosso coração ao amor e, claro, à intimidade…
Mas entretanto, a vida como perfeita professora, apresentou-me uma grande crise intestinal como limpeza, uma frágil crise de vulnerabilidade depois de receber uma longa massagem com Yoni Release, mas que se reflectiu numa maior abertura emocional e profunda conexão com o meu amado. Entretanto, os testes da vida não terminaram e o meu amado Christof encheu-se de febre e vi-me pela primeira vez na minha vida, serena e tranquila comigo, com ele e com a própria vida, por nesse dia não poder usufruir do Festival… A escolha foi apenas minha, mas foi uma bela escolha: estar com e para ele, e o que aprendi com essa escolha não tem medida, nem palavras!
E agora perguntam, Festival Tantra? Houve sexo? Muito no meu quarto… ahahaha!!! Mas não diria sexo, mas sim sexualidade consciente! Mas no festival houve muitos abraços, olhar nos olhos, toque… abertura, conexão… sexo? Não! Assim como nenhuma droga e nenhum álcool eram autorizados dentro do Festival.
Sem dúvida um otimo Festival para testar as nossas fronteiras, a autenticidade e integridade connosco mesmos, assim como o respeito pelo outro… mas também a nossa capacidade de nos abrirmos à vulnerabilidade emocional (confesso que no círculo de mulheres – cerca de 150! – derramei muitas belas lágrimas!)… derrubar o medo de abrir o coração e, sem expectativas, conectarmos com o outro, seja homem, mulher, feio ou bonito… e, muito importante, ganharmos capacidade de nos sentirmos confortáveis com o nosso corpo, com as nossas limitações, com o que sentimos, e, sem medo, expressarmo-nos de forma honesta e sincera, sem forma e sem mente! Esta é a verdadeira nudez!

 

 

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Rendição como amantes, não como escravos do amor!

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O sorriso revela muita alegria interna; o cabelo despenteado ao vento, expressa a leveza de aprender a abraçar, com doçura e contentamento, a energia da vida em movimento; o brilho nos olhos, são o êxtase e satisfação de me sentir cada vez mais realizada; as rugas, ohhh! essas são a materialização de muitas desilusões e frustrações, apenas fruto das minhas expectativas, e que, lentamente, vou aprendendo a transformar em sabedoria e poder interno. Mas acima de tudo, há um coração pleno de amor e cheio de gratidão pelo caminho percorrido, pelas grandes aprendizagens e, não menos importante, pelas duras lições da vida… mas também pela coragem em saltar, muitas vezes, sem ver para onde, mas acreditando que tudo correria pelo melhor… pela persistência de nunca ter desistido, mesmo quando as forças se esmoreciam e tudo parecia do contra… pela integridade em saber dizer “não” ou “sim”, mesmo não indo ao encontro do que era esperado… olho para trás e o meu coração sorri!

Ousei desistir de uma carreira como técnica de investigação para ser uma yoguini! Queria aprender a ser feliz usando o corpo como veículo de transformação… sabia que trazia comigo esse dom e que era meu dever, após uma correcta aprendizagem e prática, ensinar, partilhar e inspirar muitos que quisessem acompanhar-me neste caminho tão especial…

Mas ao longo do caminho tinha tantos, mas tantos interesses e paixões que para manter o meu propósito de evolução e de autenticidade ao que o meu coração desejava, tive de fazer muitas escolhas difíceis… abandonei o meu trabalho com Gongos e Taças Tibetanas (mas ainda tenho CDs de minha autoria para venda)… tive de deixar de dedicar-me à aromaterapia e produção de cosmética artesanal… deixei o vinyasa e power yoga porque me queria especializar no yoga tibetano… e recentemente abandonei o Tog chod porque decidi continuar a trabalhar a guerreira inteira através de formas mais graciosas e femininas para mim…

Especializei-me no yoga tibetano, na filosofia e psicologia budista tibetana, no tantrayana… e recentemente passei a integrar também práticas taoistas para mulheres…

E a meio deste caminho de já quase 10 anos, apercebi-me que a yoguini ainda negava certos aspectos femininos, rejeitando qualidades que a levavam a ser controladora e a adoptar, em certos momentos, padrões mais masculinos… devido a heranças familiares ou kármicas, a um mecanismo de auto-defesa como resposta a uma sociedade que adoptou um padrão de sobrevivência masculino, etc…
Comecei a trabalhar a minha essência feminina que se foi expressando na minha doçura, sensualidade e graciosidade cada vez maior. Ao longo desse período comecei a sentir o quanto era importante ensinar, partilhar e inspirar muitas mulheres, porque os tempos exigem este trabalho, urge este resgate do verdadeiro poder interno feminino… Assim há cerca de 3 anos surgiu o trabalho das Dakinis…

Mas o meu trabalho foi profundo e os desafios aumentaram quando, ao abraçar-me como mulher, deparei-me com bloqueios, falsas crenças e padrões negativos que trazia relativamente aos relacionamentos… Entrei ainda mais fundo de mim mesma, foi doloroso, mas libertei muitos medos, mas também sofri muitas desilusões frutos de muitas expectativas… sim, é fácil falar que amor não é apego, mas e na prática como é?! Queremos nos conectar e geramos apego, queremos nos distanciar e geramos indiferença. Apaixonamo-nos e ficamos dependentes, mas queremos ficar independentes e a paixão desaparece! Haverá solução? Será possível manter a paixão sem nos tornarmos escravos desse amor?!

Os anos passaram e cheguei-me a sentir muito desiludida comigo mesma, pois sei bem que a vida é apenas um reflexo de nós mesmos e os relacionamentos só mostram o que nós acreditamos que somos (duro, mas é a pura verdade!)…
Um relacionamento de 7 anos que parecia perfeito, mas agora sei perfeitamente que teve falhas… desejar muito estar sozinha e, nesse período de solidão, deparar-me com medos que não sabia que existiam… entrar em novos relacionamentos que foram ora repetições do primeiro, ora vinham despertar, com cada vez mais força, padrões negativos bem profundos colocando em teste a minha auto-estima, a minha auto-confiança e o meu amor-próprio… porque afinal de contas o nosso amante é o nosso melhor espelho!

Mas a mulher desabrochou, tornou-se mais plena, mais inteira, mais completa… com isto libertou-se dos padrões de compensação e de dependência, isso de procurar alguém para preencher o nosso vazio, a chamada “cara-metade”…
Mas os ditos relacionamentos 50-50 ou de igualitarismo também se mostraram não ser a solução, pois levavam, com o tempo, a um desinteresse, a um desaparecimento da polaridade sexual, fundamental para manter o desejo e o fogo da paixão… A igualdade e a equanimidade é muito importante e essencial, mas não é um ponto final. É necessário um novo paradigma de relacionamentos… É necessário irmos mais além…

Com o desabrochar, a mulher encontrou alguém que quer partilhar o mesmo caminho de evolução, através da partilha e confiança mútua profunda, mas também através do respeito, do amor, da cumplicidade, da intimidade, da sexualidade consciente e da total abertura emocional… estarem preparados para se empoderarem ao servirem-se de espelho um do outro. É um desafio… mas um belo desafio!
Isto significa que a entrega tem de ser total… a rendição tem de ser plena, mas como amantes, não como escravos… como seres plenos que querem partilhar o seu amor e desejo e usarem isso para evoluírem!

Foi preciso experiência, foi preciso estudo, foi preciso entendimento e foi preciso consciência… ainda há um longo caminho, mas ainda assim chega a hora de começar a ensinar, partilhar e inspirar todos os que querem ir mais além nas suas relações!

 

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Dança Dakini

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A Dakini representa a dançarina que se move livremente no céu aberto, completamente nua de qualquer sombra mental, evocando o movimento da energia no espaço. Essa dança representa o florescimento espontâneo da mente desperta ou sabedoria.
Neste despertar, o corpo da dakini lentamente floresce como uma flor de lotus ao sol e a sua energia sensual gradualmente começa a fluir como um rio de puro nectar… e como uma larva a tornar-se borboleta, a dakini ganha a abilidade de transformar os seus bloqueios em sabedoria… a dakini, como uma deusa, inicia a sua expressão criativa e livre… a dakini expande o seu coração e dança num movimento fluido amoroso cheio de graditão e plenitude, reconhecendo o seu poder interno, a sua natureza de amor.

Evento: Dança Dakini c/ Ana Taboada – Sensualidade, criatividade e êxtase.

Data: Domingo, 2 Outubro
Hora: 17:30 às 19:30
Local: Estúdio Ana Taboada
Preço: 15€ por pessoa
Inscrições: ana@anataboada.com

Programa:
A Dança Dakini é uma forma rápida e fácil de despertar a consciência sensual da mulher. Este workshop é para todas as mulheres e tem 3 partes:
1a Parte:
Exercícios físicos e respiratórios libertadores que preparam o corpo da mulher para o treino de movimentos conscientes sensuais;
2a Parte:
Treino gradual de movimentos conscientes sensuais que ajudam a mulher a ganhar auto-confiança, amor próprio, poder interno;
3a Parte:
Danças livres com distintos ritmos com diferentes objectivos: shake (trance), sensual e êxtase!

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Mais sobre Dança Dakini:

Como derreter um bloco de gelo?
Simples, aquecendo-o, criando as condições correctas para que possa derreter… Continua a ser água, mas derretida fica fluida, flexível, livre para se expandir… E se olhar para trás e observar como era o meu corpo, assim me identifico, era como um bloco de gelo.
É verdade que sempre tive um corpo muito flexível, logo nem tudo era gelo! e a energia vital estava lá bem presente, em especial desde que comecei a praticar yoga… por isso o trabalho corporal consciente que faço desde os 16 anos ajudou-me a libertar muitos bloqueios mentais e emocionais, muita rígidez… e mais tarde, principalmente com práticas de Yoga Tibetano do Budismo Tantrayana, aprendi a canalizar e sublimar a minha energia sexual que estava muito reprimida.
Ainda assim, se há dois anos me vissem dançar parecia mesmo um bloco de gelo… A mente já estava muito mais aberta, o corpo muito mais desbloqueado, mas algo muito escondido ainda residia de forma bloqueada no mais profundo de mim… agora tenho plena consciência que era o fantasma da vergonha de me expor, o malvado sentimento de culpa de sentir prazer, o grande monstro do medo de ser criticada ou rejeitada porque ser sexy ou ser sensual é tabu, não é puro e não é de todo de uma donzela… tudo isto me fazia reprimir muita energia sexual e esta energia, quer queiramos quer não, é a nossa energia mais vital que quando bem usada traz-nos inúmeros benefícios na saúde e mente.
Muitas mulheres pensam que é o corpo ideal, a maquilhagem perfeita, a roupa provocante ou o movimento erótico que a torna realmente sexy… pode até ajudar, mas se não vem de dentro, não é natural, logo é artificial. Ser sexy de forma natural significa aprender a libertar a nossa energia sexual e transformá-la em poder, em êxtase… é desta forma que a mulher se torna naturalmente sensual… uma mulher radiante, cheia de vitalidade, de brilho!

Em tempos ancestrais as mulheres juntavam-se para dançarem e assim com a ajuda da energia feminina libertarem a sensualidade inata dos seus poderosos corpos. O corpo da mulher traz esta dádiva de com alguns movimentos conscientes pélvicos, um yoga ou uma dança mais sensual, e com a ajuda da música e orientação correcta, acordar a sua sensualidade natural em pouco mais de 10min… e de um momento de medo, tensão, rígidez passar a uma explosão de êxtase, de alegria feminina sensual pura e todas as mulheres a sentem, por mais pequeno que seja o movimento.

Então porque acontece tão facilmente nas mulheres?
É a dádiva do corpo feminino, o poder do corpo da mulher e esta explosão de sensualidade conduz-nos a um despertar do corpo energético, hormonal que se reflecte no nosso estado mental, emocional e de saúde… sentindo poder e plenitude de dentro para fora.

Então porque não usamos mais esta capacidade?
Porque tem havido muita repressão à mulher usar a sua sexualidade para seu benefício.
Hoje em dia as mulheres não se juntam para o seu próprio prazer, mas sim apenas para o prazer dos homens ou de outras pessoas a assistirem… assim fomos perdendo a arte de despertar o nosso poder inato.
E a sociedade e a educação ao nos ensinar que a sensualidade é insegura, levou-a a ficar cada vez mais reprimida e silenciosa no corpo feminino e, assim, este desejo de expressar esta sensualidade começou a ser visto como um lado sombra, e claramente vemos esse emoção reprimida em mulheres completamente embriagadas a quererem trazer à superfície esse desejo de se sentirem sensuais e dançarem de forma mais louca e selvagem. É um desejo lindo, mas infelizmente essas mulheres não estão no seu poder…
Contudo, é possível despertar este poder com consciência, sem nos desconectarmos do nosso corpo e da nossa mente, usufruindo de cada movimento sem sentimento de culpa, medo ou sem ser apenas para agradar, dar prazer aos que observam – como acontece nas casas de strip ou numa discoteca.

Como resgartar esta arte natural feminina?
Este caminho para resgartar esta arte natural feminina requer compaixão por nós mesmas, pois pode ser muito gradual ou então, com as condições e orientações correctas onde a mulher se sente protegida, sem julgamento à volta, num ambiente que confia e relaxa, pode ser muito rápido e direto.

No meu caso específico, estou muito longe de ser uma dançarina, mas nem é esse o meu objectivo… até porque muitas, a meu ver, estão muito longe de serem naturalmente sensuais…
Mas se vos disser que foram apenas algumas aulas de dança, juntamente com a minha enorme vontade para expressar esta minha energia interna em estado de expansão que fizeram derreter o meu bloco de gelo, acreditam?!… danço muito sozinha em casa, ao som da minha música preferida e muitas vezes nua, porque este trabalho passa pela aceitação completa do nosso corpo… danço comigo, sozinha ou com o meu namorado, danço com a lua e com o sol, danço com a minha gatinha, danço com as ondas do mar, danço com a brisa fresca, danço com a vida!

No próximo domingo vou partilhar o que mais me ajudou a libertar-me dessa rigidez interna, na forma de movimentos pélvicos, yoga sensual e dança… com variados ritmos, pois têm diferentes objectivos… e como era feito em tempos ancestrais, só entre mulheres! porque a minha dakini interna pode ajudar a despertar a tua dakini interna e juntas somos certamente mais poderosas, mais deusas, mais dakini!
O workshop Dança Dakini é dia 2 Outubro das 17:30 às 18:30 e neste momento há apenas 3 vagas!

A Dança Dakini também irá fazer parte de um programa intensivo de fim de semana de Love & Life Empowerment para mulheres que vou lançar ainda este ano. O primeiro será dias 5 e 6 Novembro.

A Newsletter Bimensal Ser Dakini de Setembro/Outubro, será lançada em meados/finais de Outubro e incluirá um relatório geral (aspectos positivos e negativos segundo a minha perspectiva) sobre as Primeiras Jornadas de Sexualidade Sagrada que participei nos finais de Julho em Marvão e sobre o Empowerment de Vajravarahi que estive presente em meados de Setembro em Barcelona. Vai também incluir algumas dicas de Dakini Yoga… :D. Para receberes esta newsletter gratuita online faz a tua subscrição aqui.

Pede também para aderires ao grupo secreto do Facebook: Círculo das Dakinis

E vê o meu vídeo de apresentação da Dança Dakini do meu Canal do Youtube:

Próximos Eventos:

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O templo do amor …

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No meu artigo A mulher que se abre para a vida transmito o quanto as mulheres se masculinizaram ao longo do tempo para conquistarem uma posição na sociedade e na família , perderam as suas belas qualidades femininas por medo de exporem as suas vulnerabilidades ou serem criticadas ou rotuladas de “impuras” e , muito importante , perderam a sensibilidade dos seus corpos , muitas sem terem consciência. Em consultas comigo , após algumas questões , chegam à conclusão que já não sentem o corpo e nem se atrevem a senti-lo ou têm sentimento de culpa quanto ao sentir o seu corpo e à expressão da sua sensualidade.
São muitas as causas para estes bloqueios no corpo … os traumas físicos gerados , por exemplo , por abusos sexuais ou uma actividade sexual mais violenta ou mesmo partos … os traumas emocionais são imensos e podem vir de uma rejeição amorosa , da falta de auto-estima que pode vir já de criança e é escondida com muitas máscaras , do medo da crítica e de não ser aceite e amada , de relações amorosas frias e pouco autênticas … ou simplesmente porque as suas vidas , com todo o stress , agitação e falta de tempo as leva a negarem que têm um corpo que deve ser cuidado , nutrido e despertado em todos os aspectos (sensorial , sensual e sexual) … e assim , gradualmente , a mulher vai-se fechando , muitas vezes sem saber ou , pior ainda , pensa que é normal isto acontecer.
O templo do amor é o nosso corpo porque se for bem tratado e despertado tem o potencial de sentir um amor ainda mais puro que o mental … e através deste amor do corpo poderemos sentir um amor cada vez mais profundo e interno e chegar ao amor mais absoluto do nosso coração … quem num abraço já não sentiu todo o corpo estremecer? Ou num simples beijo sentir um tremor de terra interno? Ou num pequeno toque sentir uma avalanche de boas sensações? Ou até através de um olhar , olhos nos olhos , ser invadido por arrepios em todas as direções? Se nunca sentiste então é hora de começares a despertar o teu corpo … e se já sentiste , então continua a estimular o corpo para que essas sensações sejam cada vez mais expansivas , mais puras , mais internas , mais profundas … e lembra-te que estás a despertar o teu amor interno mais inato , a abrir o teu templo do amor!
Desde há 10 anos que foram muitos os estágios que passei para despertar o meu templo interno … apesar de sempre ter tido muita sensibilidade corporal , se olhar para trás consigo detectar que , mesmo assim , eram muitos os bloqueios , os traumas , os medos que vieram da minha infância , de algumas relações , de medos e traumas vários … primeiro aprendi a aceitar o meu corpo de mulher com todos os seus contornos , qualidades e defeitos , a cuidá-lo com exercícios e movimentos adequados , massagens cada mais subtis e femininas , práticas meditativas cada vez mais profundas que trabalham ao nível do corpo mais interno , dos canais , energia e êxtase… e de há um ano o salto foi mágico quando introduzi de forma regular dança sensual para libertar a região pélvica e gradualmente todo o corpo , as automassagens subtis ao peito e ao meu orgão sexual (o meu Lótus) , exercícios de yoga específicos para o orgão sexual que vou conciliando com as minhas visualizações de meditação bliss … e muito importante foi também integrar , no meu dia a dia , mindfulness dos sentidos , com os sabores , as cores e formas , os cheiros , os sons e os toques e sobre este assunto falarei mais num outro artigo.
O primeiro passo são 10min diários só para ti , logo ao acordar ou antes de deitar … criar o teu espaço , onde o teu templo é despertado … onde o amor crescerá cada vez mais a cada dia que passar … ao inicio é estranho , vais boicotar , vais sentir muitas resistências , vais te sentir ridícula , vais achar que é uma perda de tempo … insiste e acredita que não te arrependerás!