Eu acredito na mudança… e tu?

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Comecei pelos agradecimentos, a todas as participantes, mas em especial à Dra Aida, diretora da BLCS, pelo voto de confiança. Foi a segunda vez que apresentei o meu trabalho nas comemorações do Dia Internacional da Mulher e, mais uma vez, foi um sucesso. Recordei que este ano faz 8 anos que estive naquele auditório pela primeira vez a apresentar o meu CD de Taças Tibetanas e Gongos, numa fase completamente diferente daquela em que estou hoje, uma outra Ana, uma das muitas desta existência.
Resgatei do passado também a memória que vim para a Braga há 13 anos, sem familia, sem amigos, mas com a perspectiva de uma carreira como técnica superior de laboratório na ECS da UM… e passados três anos desisto desse emprego “seguro” para me dedicar a uma vida completamente nova, totalmente do zero, cheia de desafios, mas também muitas bençãos…
E numa cidade que não é o meu berço, muito conservadora e cheia de preconceitos, como é delicioso – depois de 10 anos de obstáculos, mas também muitas vitórias; após partir muita pedra, abrir muitas mentes, caminhos e tocar muitos corações – ser reconhecida e receber elogios como:

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Possa eu ser a mudança que quero ver no mundo… continuando a inspirar muitos com o meu “Feminino”, “bem-estar”, “harmonia” e “tranquilidade”.
Eu acredito que a mudança é possível! Eu acredito num mundo mais amoroso, compassivo, natural, autêntico, feliz, saudável, harmonioso, livre; onde homens e mulheres não só se respeitam, mas adoram-se! Onde o amor não tem fronteiras, cor, raça, género… onde a compaixão não tem limites… onde é possível a devoção entre muitos corações abertos… onde os corpos vivem em êxtase… onde a sensualidade e a sexualidade é sagrada… onde as relações são vividas com integridade e paixão… Mas também acredito que essa mudança começa por mim… e por ti… por cada um de nós!
Grata à minha família que sempre me apoiou e respeitou incondicionalmente… Grata a quem me segue com tanta determinação e coragem… Grata ao meu companheiro por caminharmos lado a lado, de corações unidos e apaixonados…
Grata a mim, grata à vida e grata a todos que abraçam o caminho da mudança interior!
Todos beneficiamos… o planeta e a humanidade agradece!

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O que é mindfulness do coração?

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Mindfulness do Coração é apreciar o momento presente através do coração de criança… aquele coração que ama sem julgamento e que vai além dos limites dos conceitos! aquele coração que se abre porque nada teme e aquele que não se protege porque confia!
Um método para começarmos a ver com os olhos do coração e não com os olhos do pensamento… com os olhos dos sentimentos e não com os olhos dos conceitos… para finalmente contemplarmos a realidade com os múltiplos olhos da sabedoria, como uma noite estrelada que tudo ilumina… como o calor do sol que nada discrimina!
Esta preciosa prática meditativa é como uma chave que abre o tesouro do nosso coração de criança! Esse tesouro tem o potencial de curar, transformar, purificar o corpo, as emoções, a mente, a energia!
É a arte de render ao que não pode ser mudado; de deixar ir o que ainda nos magoa… de sarar feridas abertas que não têm idade; de cicatrizar dores invisíveis… de lavar as nódoas de medos ocultos; de soltar o que está preso!
É libertar as nossas asas do amor e da confiança, saltar com bravura no espaço sem limites da nossa natureza pura e voar com doçura, saboreando a leveza da liberdade!
É despertar a inocência, a alegria, o contentamento, a espontaneidade… a simplicidade do amor de criança!
É ir além do que nos limita e nos separa, completamente além… e ser amor!

Tadyata Gate Gate Paragate Parasamgate BodhiSoha!

O que é um ritual?

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Acendo um vela e a sua luz aquece o meu coração… contemplo a beleza das flores para me recordar da minha beleza interna… ao entoar o mantra deixo a vibração penetrar no meu corpo… junto as minhas mãos ao peito e saúdo o sagrado em mim… cada respiração lembra-me que estou viva! cada suspiro conduz-me a camadas mais profundas de mim mesma! cada movimento do meu corpo permite-me honrar o meu templo sagrado!
Ritual é imprimir em cada gesto, cada palavra, cada olhar, cada respiração, cada pensamento, um significado de poder! Esse significado tem a capacidade de transformar! Cada símbolo é amor em ação! É a expressão divina do que somos!

Precisamos de resgatar a tradição dos rituais! Urge colorirmos a nossa vida com a magia dos rituais! Rituais que nos fazem recordar quem somos! Rituais que nos fazem expressar o melhor de nós! Rituais que nos permitem ir mais além…

Com a sua luz que tudo nos ilumina. Com o seu brilho que tudo enche de frescura. Com a sua beleza que tudo penetra. A Lua nos chama para momentos de quietude, repouso, mas também plenitude e êxtase. O seu poder de cura, transformação e sublimação é imenso. Conectarmo-nos com o seu poder, é despertar esse poder no interior de nós… vamos meditar, vamos serenar, mas também vamos festejar, vamos celebrar a Lua Cheia!

 

 

Celebrar a última Lua Cheia do ano!

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Evento: Ritual de Meditação da Lua Cheia
Data: Quarta, 14 Dezembro
Hora: 19:30 às 21:00
Local: Estúdio de Yoga Tibetano – Ana Taboada
Contribuição: 10€ / mulher ou homem

Descrição:
Com a sua luz que tudo nos ilumina. Com o seu brilho que tudo enche de frescura. Com a sua beleza que tudo penetra. A Lua nos chama para momentos de quietude, repouso, mas também plenitude e êxtase. O seu poder de cura, transformação e sublimação é imenso. Conectarmo-nos com o seu poder, é despertar esse poder no interior de nós… vamos meditar, vamos serenar, mas também vamos festejar, vamos celebrar a Lua Cheia!

Inscrições: ana@anataboada.com

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Mais sobre este Ritual:

Noite de Lua Cheia é sempre muito especial… A sua luz cura! O seu brilho transforma! A sua beleza abre-nos ao oceano de amor!
Quando meditamos numa noite de Lua Cheia usamos o seu poder para alcançar quietude… para repousar no nosso Templo interno… para nos banharmos no seu êxtase… para regressar a casa e a partir desse lugar criar vidas de sonho!
Com o mesmo propósito, com a mesma intenção vamos todos juntos festejar e celebrar a última Lua Cheia deste ano!

PS: Inclui meditações para purificação, para encontrar a quietude mental e para sentir êxtase… com algumas práticas adicionais, como massagem e dança!

Trago comigo encantamento…

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Neste tórrido mês de Agosto, no inspirador cenário natural do Monte Mariposa, juntamo-nos num círculo de Dakinis, guiadas pelo coração e pela sabedoria da Ana Taboada, para celebrar e (re)descobrir a mulher, a deusa, que somos. Foi maravilhoso!
O que trouxe comigo? Ah! tanta coisa que é difícil explicar, as palavras parecem não chegar…
Trago comigo encantamento com o meu corpo, com a minha capacidade de sentir.
Trago um sentimento de união, de irmandade no feminino – somos irmãs de corpo e coração, e é tão belo que me emociono sempre que penso nestes dias. Sorrio sempre que penso em nós, juntas, a celebrar. Foi lindo!
Trago comigo novas práticas, que tenho procurado tornar diárias. Sinto o meu corpo a responder com mais alegria, com maior vivacidade e vigor, com mais poder!
Caminhar pelo meu centro de poder tornou-se uma nova forma (quase) natural de caminhar – o meu corpo começa a assumir essa postura como a minha maneira de me apresentar ao mundo, quase sem esforço. E a resposta dos outros é tão forte que mais uma vez me faz sorrir – temos realmente um poder incrível dentro de nós!
Trago comigo as gargalhadas, as brincadeiras, a alegria e as lágrimas, de limpeza e libertação de tantos traumas e medos. E a partilha – que poderosas se tornaram as partilhas!
Trago comigo os tempos de descanso tão sabiamente encadeados entre práticas e ensinamentos – permitiu-me ir integrando cada momento.
Trago comigo o espaço, o belíssimo espaço natural do Monte Mariposa com o cantar das cigarras e o zumbir dos mosquitos, os figos e as alfarrobas, a água tépida da piscina e o calor do sol, o brilho intenso das estrelas e a suavidade dos lençóis, e as saborosas e nutritivas refeições que partilhamos! Que falta me fazem em casa!
O brilho dos meus olhos cresceu e o meu sorriso ampliou-se. Dentro de mim (re)nasceu a felicidade. Sinto amor por mim, por vocês, por nós! Somos maravilhosas!
Em Agosto de 2017 lá estarei (seja esse o meu caminho).

Dakini Sónia
Retiro Celebrar a Dakini – 8 a 11 Agosto – Monte Mariposa (Santa Catarina de Fonte do Bispo – Tavira)

…Já lá vão umas semanas e parece que foi ontem… ler as palavras da querida Sónia fizeram-me recuar no tempo e voltar a sentir aquela força da união, da entrega, da partilha, do poder interno, da irmandade, da autenticidade… e muito, muito mais…

E para quem ainda não viu ou quer recordar, eis o meu mais recente vídeo no meu Canal de YouTube sobre o Retiro Celebrar a Dakini:

 

Coração cheio de mulher!

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Neste início de Agosto desci até ao Algarve onde deliciei-me com alguns dias de praia antes de iniciar o tão esperado Retiro Celebrar a Dakini… A praia foi um bálsamo, a família um quentinho para o coração, o mar uma purificação, a lua como uma batida forte da mãe natureza a chamar a ser mulher! Sou mulher, sou deusa, sou Dakini… e não podia estar melhor para no dia 8 Agosto iniciar a orientação do meu primeiro retiro só para mulheres no paraíso do Monte Mariposa!

As palavras são secas, sem essência para descrever a plenitude e profundidade daquelas dias na partilha, união e conexão entre aquelas mulheres, tão diferentes, mas tão iguais.
Chorámos juntas… mas rimos ainda mais! Gritámos em sintonia, mas cantámos mais alto! Com coragem de leoas olhámos, sorrimos e abraçámos os nossos medos, fragilidades e vulnerabilidades… despertámos a mulher ancestral, a selvagem, mas também aquela que é sublime e sempre será a deusa! Todas juntas sentimo-nos mais Dakinis… mais empoderadas, mais vivas, de coração cheio de mulher!
Para Agosto de 2017 lá estaremos novamente…

 

E porque nunca é demais falar deste retiro Celebrar a Dakini, eis o lindo testemunho de uma das Dakinis:

“Conheci a Ana no dia 8 e março (dia da Mulher) deste ano quando decidi participar numa apresentação sobre “Mindfulness dos Sentidos” que dinamizou em Braga, local onde nasci e quase sempre vivi. Nessa altura, sentia-me algo desorientada, presa a medos e acontecimentos pessoais que teimavam em controlar a minha atitude perante a vida. Vida que se centrava em cuidar dos que me rodeavam, a nível pessoal e profissional, esquecendo-me da minha essência como Mulher. Depois de ouvir a Ana, que de forma tão natural partilhou alguns dos seus conhecimentos sobre Mindfulness, apercebi-me que podia ser muito mais feliz e decidi que tinha que cuidar de mim e procurar alcançar a tranquilidade interior que tanto desejava!
Quando soube da realização do retiro “Celebrar a Dakini!” senti que seria algo que tinha que participar. E de facto estou tão orgulhosa dessa minha decisão. Fui sem saber muito bem para o que ia, mas com muita vontade e curiosidade. E sentindo sempre que iria cuidar de mim! Conheci Mulheres com uma energia incrível, experienciei algumas práticas de Yoga tibetano (como o Lu Jong, Tsa Lung) que desconhecia totalmente e que me fizeram sentir tão bem física e mentalmente, reaprendi a ser Mulher em toda a sua plenitude, sem barreiras nem tabus mas com toda a naturalidade e sensualidade. E regressei ao meu “mundo real” com uma energia interior que me tem permitido ultrapassar barreiras interiores e descobrir uma forma de estar e viver a vida com tranquilidade, leveza, bem-estar e autoestima. E a dançar com o corpo e com a nossa mente! Obrigada Ana e a todas as Dakinis! Um abraço apertadinho a cada uma de vós. Até breve!”
Dakini Isabel – Braga

E eis o meu mais recente vídeo no meu Canal de YouTube só podia ser para recordar o Retiro Celebrar a Dakini:

Honrar ser mulher, ser mulher por inteiro!

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O que será ser mulher por inteiro? O que é isso de ser mulher completa? E o que é honrar ser mulher?
É bastante claro para mim que honrar significa abraçar todo o universo de um ser e não apenas uma parte… mas é também dar-lhe a devida atenção e valor… É sem vergonha e sem sentimento de culpa, olhar, reconhecer e adorar! Exige aceitação e apreciação.
Aceitar que ao ser mulher tenho uma mente que ora cai num padrão feminino demasiado emotivo que se vitimiza, ora no padrão masculino demasiado racional que se torna controlador… é purificar essas energias para que o feminino e o masculino dentro de mim se equilibrem e a inteligência se converta em sabedoria.
Aceitar que tenho uma força selvagem que corre no meu sangue e nasce nos meus ossos… é libertar a mulher ancestral que está para além da cultura, da sociedade e do conceito, que é fogo e que é terra, que é coragem e se expressa sem medo. É descobrir esse meu centro de poder interno e colocá-lo em acção respeitando o meu alinhamento.
Aceitar que tenho um coração que ama, que cuida, que acarinha e vê a beleza à sua volta como reflexo da sua própria beleza. É a suavidade da água e do vento que me faz ser doce, flexível, amorosa, ser amante, mãe e cuidadora.
Aceitar que nesta mulher há a inocência de uma criança que grita para ser espontânea, criativa e que anseia por rir até chorar e brincar até morrer…
Aceitar que esta mulher se deve olhar ao espelho e gostar e adorar o que vê, gostar e adorar o que toca… um corpo perfeito para despertar mil e uma sensações e para sentir puro prazer. Um templo sagrado que é sensorial e que é sexual e que é sensual e que precisa de ser nutrido e cuidado, curado e transformado, respeitado e purificado… e não só uma parte, mas sim todo ele, incluindo as partes mais íntimas e mais sagradas que contêm escondidas os seus maiores tesouros, mas também o seu passado recalcado, os seus medos escondidos, a sua herança mal resolvida, a sua vergonha disfarçada.
Aceitar que esta mulher quer ser feliz, quer amar, quer sentir êxtase até ao infinito porque este é o seu potencial… quer expandir, quer ser inteira, quer ser completa porque isto é ser Dakini!

Resgatar a mulher inteira, aquela que é fogo, mas também água… aquela que é terra, mas também vento… aquela que aprende a equilibrar e purificar as suas energias mais femininas e mais masculinas… aquela que é mente, mas também é corpo… aquela que é coração, mas também selvagem… aquela que é criança, mas também é deusa… aquela que dança no espaço aberto empoderada e livre de medos… aquela que se rende e se entrega sem perder a sua autenticidade… É curar a mulher ferida, é transformar a mulher selvagem, é sublimar a mulher deusa, é celebrar a mulher Dakini!

 

E eis o meu mais recente vídeo já online no meu Canal de YouTube sobre o princípio ativo da Dakini:

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Dançar com a vida…

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Grande parte da minha vida lutei para ser quem os outros gostariam que eu fosse… lutei por agradar, por ser quem a família, a sociedade, os mestres queriam que eu fosse, sem saber que tudo era fruto dos meus medos e dos meus apegos… mas também lutei para não ser o que os outros queriam que eu fosse, numa ato de rebeldia, do contra, sem saber que era um ato de raiva e de egoísmo…
Agora sei que entre estes dois extremos existe um espaço infinito de ternura e de amor onde me posso abraçar, mantendo o meu centro de poder, estando alinhada com o meu ser, em sintonia com o meu coração… sei que esta é a arte de não rejeitar nada, o poder de transformar tudo o que não faz parte da minha natureza mais profunda, a habilidade de sorrir para os meus medos com a força da compaixão… ainda estou a aprender a aceitar-me inteiramente sem medos do que possa ver, mas também sem resignação, sem acomodação, mas sim com autenticidade de quem quer o melhor para si… e o mais lindo é descobrir que o melhor para mim é também o melhor para o outro, mesmo que o outro não o interprete dessa forma naquele momento.
Aparentemente parece egoísmo esta arte de me amar, de me abraçar completamente… mas o paradoxo é que existe alquimia neste autoconhecimento e de amor comigo mesma… existe o poder de quanto mais me cuidar, aceitar, nutrir, purificar, mais amor sou… e quanto mais reconheço esse amor, menos egoísta sou… pois mais posso irradiar esse amor… mais posso conectar-me a partir desse amor… não de forma forçada, mas natural!
É aprender a dançar com a vida… não rejeitando as emoções, os medos, mas ao aprender a abraçá-los, ganhar a capacidade de os transformar… é saber repousar nesse espaço de ternura e vulnerabilidade, sem ter medo de errar, porque sei que estou a dar o meu melhor a cada momento… qual é o meu melhor? A cada instante fazer por estar consciente de tudo em mim ou à minha volta e detectar o que me faz contrair, repousar ou expandir… da contração vem o sofrimento… do repouso vem a paz… da expansão vem o êxtase! A escolha é minha e só minha… e esse poder de decisão vem da minha tomada de consciência ou mindfulness.
Esta é a dança da vida… aprendendo a aceitar-me, a abraçar-me com contentamento, porque eu sou a vida! Aprendendo a transformar e a criar porque eu sou a criadora! Aprendendo a celebrar a vida porque eu sou amor e sou êxtase!
Nesta dança aprendi a ser mais genuína, mais honesta… mais corpo, mais sensorial… mais sensual, mais coração… mais sábia, mais criativa… menos emotiva, mais sentimento… menos mente, mais inteligente… mais mulher, mais amante, mais inteira, mais completa… mais Dakini!

 

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Não foi amor à primeira vista…

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A timidez, a vergonha, o medo da rejeição e de não ser aceite, o receio de magoar por não corresponder às expectativas… uma constante luta interna que levou muitas vezes a profundas tristezas e a uma constante insatisfação… enquanto uma voz profunda interna dizia Não, aquela que se ouvia, dizia Sim… Sim ao quê? Ao foi que foi ensinado, ao socialmente correcto, às crenças e aos conceitos tão bem tatuados na psique…

Sim, estou a falar da pessoa mais importante da minha vida… Toda eu e não apenas uma parte de mim… Eu completa e inteira!
Não foi fácil apaixonar-me por mim… Muitos conflitos comigo mesma me levaram muitas vezes a apaixonar-me por um ideal inalcançável e fora da realidade ou por um príncipe que nunca existiu, senão na minha imaginação. Essa necessidade constante de encontrar algo que me completasse ou que preenchesse aquele vazio…

Quem conhece o meu percurso reconhece bem o quanto foi importante eu aprender a ser honesta comigo mesma, ser íntegra com os meus sentimentos, ser autêntica com o pulsar do meu coração para, sem medo, dizer muitas vezes Não. E essa autenticidade só floresceu quando a minha relação comigo mesma começou a ficar clara, fluida, amorosa, compassiva… E foi assim que aprendi que sem me amar a mim mesma de forma completa, aceitando-me e abraçando-me inteiramente, nunca poderia realmente amar ninguém ou mesmo relacionar-me com autenticidade, com os outros ou com a vida… E como agora tem lógica! Enquanto não me sentir completa, inteira, como posso amar ou relacionar-me sem medo? Como posso apaixonar-me pela vida? Eu sou a vida!

A menina tímida, cheia de vergonha, muito reservada, sempre no seu mundo encantado imaginário, com pouca auto-estima, com carências vindas da sua pouca confiança, sempre com medo de magoar os outros que amava e que muitas vezes, mergulhada em estados exageradamente emocionais, a levavam a vitimizar-se; começa a rebelar-se na sua juventude, ainda não sabendo que movida pela raiva, estava a suprimir a sua energia mais poderosa interna… Dizia muitas vezes Não, um Não de raiva, para contrariar, para ser diferente, para não seguir os padrões normais… Um Não que vinha de um estado de insatisfação interno, aquilo a que eu chamo de um nervosinho residual, aquela irritação permanente…

E estes padrões, estes dois extremos, ainda se repetiram por muitos anos, talvez com menos intensidade consoante crescia a maturidade… E agora sei que até aos 29 anos não atingimos a nossa maturidade espiritual… e foi mesmo com essa idade que comecei a dizer Não, já não movida pela raiva, mas sim pela voz do coração. Ainda com medos, com pouca confiança em mim, mas acreditando que não tinha outra alternativa…
Desisti de um emprego estável, de uma carreira profissional bem vista pela sociedade… Foi algo tão raro naquela época que poucos anos depois foi motivo para uma curta reportagem na RTP1.
E ao longo destes quase 10 anos, foram muitos os gritos que dei ao nível profissional… ao ponto de agora ser muito fácil e natural!

Nessa mesma época do meu primeiro grande grito sacrifiquei constituir uma família para me dedicar ao que amava fazer e à minha prática pessoal… Numa relação amorosa e de companheirismo muito bela de 7 anos, viajei muito, mesmo muito, subi as montanhas mais altas do mundo, vivi imensas aventuras abrindo-me a novas culturas, novas formas de ver a realidade. E cada vez mais apaixonada por práticas ancestrais, sentia-me uma yoguini já bastante confiante e aberta… uma guerreira!

Contudo, no inicio de 2013 dou outro grito enorme e, seguindo a minha autenticidade, termino essa relação amorosa… não por falta de amor, não por falta de respeito, mas porque senti que precisava de seguir outras escolhas, outros caminhos… Como foi difícil esse grito… Aquele vazio que estava tão bem escondido, voltou à superfície… noutro formato, noutro registo e foram precisos estes últimos três anos para começar a preenchê-lo… Como? Nutrindo-me, aceitando-me, não tendo medo de ver de frente os meus medos, para gradualmente começar a sorrir para esses medos… Nestes últimos três anos cruzaram-se no meu caminho pessoas, homens e mulheres, que me vieram mostrar aquilo que ainda precisava muito de trabalhar: as falsas crenças de mim mesma; os meus medos mais profundos e, muito importante, o quanto ainda não era autêntica comigo mesma… Mas de todo este profundo trabalho, com ajuda de práticas, de tomada de consciência, de algum recolhimento, aprendi o que é e onde está o meu centro de poder… esse alinhamento que me permite ser autêntica e estabelecer relações autênticas!

E ao estar apaixonada comigo mesma, como é possível não estar apaixonada pela vida? Tudo na vida… outras mulheres, mas também homens que estão em sintonia comigo… com os prazeres mais básicos, como deliciar-me com uma saborosa comida e bebida ou uma simples respiração que me faz abrir à beleza e simplicidade deste momento presente… com a natureza e todos os seus encantos… com o meu corpo ao dançar, ao caminhar à beira mar, ao abraçar e beijar com paixão, ao fazer amor com rendição… mas também naqueles momentos em que estou sozinha comigo mesma a não fazer nada e simplesmente repouso a minha consciência no espaço do meu coração… e sorrio, sim muitas vezes sem motivo, apenas pelo conforto em não sentir essa luta, em não sentir aquele nervosismo latente… sorrio a essa energia que emerge nesse espaço, à vida!

 

Porquê entre mulheres?

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Se as mulheres podem revelar as suas qualidades mais impuras quando na presença de outras mulheres , ora ciúmes , inveja , raiva , etc… também é verdade que elas podem , como numa irmandade , sentirem empowerment na presença de outras mulheres. Esse é o poder da energia feminina coletiva que tem o mesmo propósito e nesse poder podemos realmente nos ajudar umas às outras de forma profunda. E assim cada vez mais consciências femininas despertam e essas consciências , através de relações cada vez mais autênticas , podem ajudar muitos homens também a despertar as suas consciências masculinas.

Porquê entre mulheres foi o meu último vídeo já online no meu Canal de YouTube.

“A forma mais habitual das pessoas desistirem do seu poder é ao pensarem que não têm nenhum.”
Alice Walker

Porquê que a mulher precisa de resgatar o seu poder feminino inato?

Porque a mulher muito facilmente cai , ora na extrema vulnerabilidade devido a emotividade excessiva , ora na frieza e padrão controlador do pensamento.
A mulher precisa de encontrar o seu verdadeiro poder que reside no seu centro de autenticidade da energia feminina e a partir desse poder relacionar-se com o mundo , a vida e os outros de forma cada vez mais pura.

Aprender a repousar na nossa natureza mais pura que não tem género … aprender a desbloquear e curar o nosso corpo e mente feminina … aprender a resgatar a nossa energia mais vital e a irradiá-la de forma natural … aprender a transformar a energia do desejo e do prazer em êxtase cada vez mais interno e incondicional … aprender a amar de forma cada mais livre , mas sem perder a relação de interconectividade … aprender a ser mulher mais interna , mais completa , aquela que é inocente , mas também selvagem ; que é mãe , mas também sensual ; que é amorosa , mas também poderosa ; que é compassiva , mas também autêntica … é aquela que ao ser amor é liberdade , mas ao ser liberdade não deixa de ser amor! Este é o trabalho de Love & Life Empowerment para mulheres … aprender ferramentas que têm por base mindfulness dos sentidos e do coração , meditações e visualizações , yoga e movimentos conscientes , práticas do Tantra e Tao e muitas outras criações minhas como a Dança das Dakinis e Massagem da Dakini.

No dia 9 Julho , sábado , decorrerá o próximo Círculo das Dakinis , desta vez para entrarmos mais profundamente no nosso templo do amor , o nosso Lótus ou órgão sexual. Este círculo é aberto a todas as mulheres de qualquer idade ou fase da sua vida.

Em Agosto irá decorrer o primeiro Retiro de Love & Life Empowerment para Mulheres – Celebrar a Dakini – e a primeira fase de inscrições (com desconto) acaba no final deste mês.

Se és mulher e queres abrir o teu coração , o teu corpo e a tua mente , as práticas , técnicas e ferramentas ensinadas no Celebrar a Dakini , são a forma mais rápida , acessível e agradável de sermos mais felizes , mais livres , mais autênticas.

Podes encontrar mais informações sobre este retiro em baixo … e enviar-me um email para receberes um documento com todas as informações … e ainda ver este vídeo sobre o meu trabalho de Love & Life Empowerment para Mulheres.

Para receberes a Newsletter Ser Dakini faz a tua subscrição aqui. E para mais informações sobre a massagem , consultas , círculos , etc para mulheres consulta esta secção do meu blog.

Retiro Love & Life Empowerment para Mulheres : Celebrar a Dakini

8 a 11 Agosto | 200€ (inscrições até 30 Junho) ou 250€ (inscrições até 5 Agosto)
+ Info & Inscrições : ana@anataboada.com

(para inscrição é necessário o pagamento inicial de 150€, o restante valor do retiro – 50€ ou 100€ – é pago em numerário no check-in)

Retiro orientado por Ana Taboada

INICIO: 8 Agosto às 18:30
FIM: 11 Agosto às 15:00
LOCAL: Monte Mariposa | Algarve

Descrição:

Chega o momento das mulheres tomarem consciência ; darem espaço para si mesmas e para se descobrirem ; recolherem-se no silêncio para meditar e entrar no seu mundo mais profundo ; refugiarem-se em retiros para despertar a sua relação e intimidade consigo próprias ; relaxarem os seus corpos ao dançar ou fazer movimentos conscientes , ao brincar , ao rir , ao cantar , ao dar cor à sua vida e ao embelezarem-se não para o outro a ver , mas para ela mesma se sentir viva e se reconhecer bela … até que começam de forma natural a abrirem os seus sentidos , a resgatar a sua sensualidade inata , a estarem completamente conscientes ao sentir , ao seu interior … e com plena consciência poderem sentir um prazer cada vez mais puro e mais interno e assim transformarem os seus desejos e prazeres em felicidade-êxtase (ou bliss) … e esse êxtase ser a oportunidade para reconhecerem o seu amor puro mais interno que as preenche , as completa , que as faz sentirem-se em casa!

Teoria inclui:

▪ O que é a consciência pura e ilimitada da mulher (a consciência da Dakini)…
▪ Criar espaço no coração para o amor, compaixão e devoção…
▪ Importância e benefícios de despertar a energia sensual e sexual natural…
▪ Como libertar traumas, medos, bloqueios relacionados com a sexualidade e sensualidade para a mulher ser mais confiante e livre…
▪ O corpo feminino como o templo do amor – anatomia e fisiologia feminina numa visão sagrada da sexualidade: saúde, cuidados, auto-estimulação, ciclo menstrual e hormonal, massagens, conselhos…
▪ O que é a mulher completa e inteira como amiga, como amante e como mãe…
▪ Como expandir a consciência da mulher à criatividade, ao poder interno, à arte de ouvir o coração e realizar os desejos mais profundos…
▪ Introdução à arte da sexualidade sagrada…

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Próximos eventos:

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